Nas últimas semanas, vários golfinhos têm dado à costa nas nossas praias.
De acordo com os dados mais recentes da Rede de Arrojamentos de Cetáceos do Norte de Portugal, que vai desde Peniche até Caminha, só no último ano, registaram-se 257 arrojamentos de cetáceos, na sua maioria golfinhos.
Quando analisados, a conclusão foi que, a principal causa de morte, é a captura acidental por artes de pesca, uma das maiores problemáticas atuais e mais impactantes para os mamíferos marinhos.
Além disso, muitas vezes, estas artes de pesca são descartadas ou perdidas indevidamente nos oceanos, como redes e linhas, nas quais os animais acabam por ficar presos, sufocar e morrer.
E assim que muitas destas espécies vêm ter à nossa costa, algumas com vida, outras, infelizmente, já sem ela.
Na nossa região, os arrojamentos mais recentes foram: no dia 19 de maio, entre as praias do Osso da Baleia e Leirosa; depois, no dia 4 de junho, na praia das Paredes da Vitória; e, no dia a seguir, 5 de junho, na praia a sul do pontão da Nazaré.
Mas sabe o que fazer caso aviste um cetáceo no areal da praia?
Para dar uma resposta rápida e eficaz a estas ocorrências, existe uma Rede Nacional de Arrojamentos, coordenada pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), estabelecida pela primeira vez, em 1979.
A alcobacense Rafaela Pestana, Bióloga Marinha, atualmente a trabalhar como observadora nos Açores, diz-nos que, o primeiro passo, é ligar para a rede, o mais rápido possível.
No caso de o animal ainda estar vivo, é transportado para um centro de reabilitação. Na nossa zona, normalmente, é reencaminhado para o Centro de Reabilitação de Animais Marinhos (CRAM) de Aveiro.
Depois será reabilitado e devolvido ao mar.
R. Cister, Adriana Zeferino
