O IV Encontro Internacional de Abadias Cistercienses decorreu nos dias 8 e 9 de abril no Mosteiro de Alcobaça e teve como mote “Património Cisterciense Europeu e desenvolvimento sustentável: novos desafios de gestão”.
A vice-presidente do município, Inês Silva, refere que este encontro “é um momento de partilha de conhecimento” em que os vários gestores dos monumentos cistercienses da Europa debatem vários temas.
Este ano, alguns deles foram “a visitação dos monumentos, a sua preservação e promoção” e o impacto da pandemia na gestão destes monumentos.
Ana Pagará, diretora do Mosteiro de Alcobaça, revela que, contrariamente ao que era esperado, “a pandemia surgiu como uma oportunidade”, já que algumas abadias duplicaram o número de visitantes devido à sua natureza, “como os espaços em ruínas e ao ar livre”.
Apesar de o Mosteiro de Alcobaça ter diminuído o número de visitas, acabou por ser de 2020 para 2021, o monumento de património mundial que mais cresceu percentualmente.
Uma das decisões tomadas durante o evento foi a criação de uma nova rota cisterciense.
A diretora do mosteiro explica que vai ser disponibilizado um site para que as pessoas possam planear as suas visitas e “perceber a riqueza da herança cisterciense portuguesa”.
Foi ainda divulgada a intenção de apresentar uma candidatura do itinerário de sítios cistercienses à UNESCO – será “um projeto para muitos anos, que vai incluir muitas parcerias com as várias comissões nacionais da UNESCO, os governos, as autarquias e os proprietários detentores do património por toda a Europa”.
O evento foi organizado pela Direção Geral do Património Cultural, pelo Mosteiro de Alcobaça e pela Associação Leader Oeste, em parceria com o Município de Alcobaça.
R. Cister, Adriana Zeferino
