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Casa de família em Alpedriz ganha nova vida como alojamento local dedicado ao bem-estar e à ligação com a natureza

A casa onde Soledade e Paulo Brusco Moniz viveram, em Alpedriz, Alcobaça, está prestes a reabrir portas — não como habitação, mas como um espaço de retiro e bem-estar. O projeto chama-se PATEO e nasce da vontade da família, que pretende preservar as memórias de infância da antiga casa, agora transformada num alojamento local.

O imóvel, que esteve fechado durante anos, começou a degradar-se com o passar do tempo. Foi então que a Paula Moniz, neta dos antigos proprietários e herdeira da casa, decidiu agir. Reuniu os seus filhos, Filipa e Bernardo, e os três lançaram-se num projeto de requalificação com um objetivo claro: dar uma nova vida ao espaço, mantendo vivo o legado da família.

Paula cresceu entre os campos e as memórias rurais da casa dos avós. Recorda com nitidez as férias de verão, a apanha da fruta com a carroça e o cavalo, as voltas pelo rio — vivências essas que, garante, lhe “ficaram na pele”. Vê, por isso, neste projeto, uma forma de eternizar essa ligação com Alpedriz.

A casa já tinha sido parcialmente recuperada em 2009 pelo pai de Paula, que manteve o hábito de ir até à aldeia para fazer bricolage, cuidar da agricultura e reunir amigos. Com o tempo, e o pesar da idade, deixou de o conseguir fazer, tendo o espaço ficado ao abandono. “Aquilo entristecia-me imenso. Pensei: o que é que posso fazer daqui?”, conta Paula. A resposta foi criar algo novo, mas que não apagasse o passado. Mais do que um alojamento local, o PATEO propõe-se a ser um espaço de calma e ligação à natureza, com foco no relaxamento e bem-estar físico e mental.


Filipa Brandão, filha de Paula, lidera a componente comercial do projeto e fê-lo crescer desde a base. A sua própria tese de mestrado — em Gestão, Empreendedorismo e Inovação pela Universidade do Algarve —, foi centrada neste negócio, que sempre viu como um sonho a concretizar. Afirma que o PATEO quer promover “experiências genuínas” e próximas da natureza. Com capacidade para 14 pessoas, o projeto integra um pequeno tanque que serve de piscina, biblioteca comum, brunchs com produtos locais, honesty bar e a realização de eventos como retiros, batizados ou workshops.

A decoração será também um dos pontos de ligação à história da família. Peças como a secretária do avô, antigas malas de enfermeiro ou réguas da escola, vão integrar o espaço e dar-lhe um traço country romântico, como descreve Filipa, que acredita que “todos esses detalhes lhe vão dar mais caráter”.


A obra já está concluída e a abertura oficial está para breve.

Fotos do processo de obra: Filipa Brandão


Para seguir de perto tudo o que vai nascer no PATEO, um projeto tão bonito, feito de raízes, afeto e memórias que não se querem perder, basta acompanhar as redes sociais. Porque há histórias que merecem ser partilhadas — e esta é uma delas.

@pateo.alcobaça



R. Cister, Adriana Zeferino

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