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Moeda de coleção para celebrar os 500 anos do nascimento de Camões

O Banco de Portugal colocou no dia 5 de junho em circulação uma moeda de coleção, com o valor de 5 euros, para celebrar os 500 anos do nascimento de Luís Vaz de Camões.

José Aurélio é o autor do desenho da moeda designada de ‘Luís de Camões, 1524’, que mostra o escritor sem boca e sem nariz enquanto os olhos estão pouco perceptíveis.

O escultor alcobacense tem sido alvo de algumas críticas mas garante, em entrevista à Cister FM, que a imagem que foi criada pelo Estado Novo, de Camões, é falsa.

“A minha ideia é muito simples, e só não entende aquilo que está feito quem desconhece a vida de Camões. É muito mais absurda a imagem que nós temos de Camões e que foi propagada pelo Estado Novo, que convinha ter uma figura de proa do tempo dos descobrimentos, mas foi de facto utilizada pelo Estado Novo para contribuir para a imagem grande e eloquente de Portugal, da Idade Média e dos Descobrimentos, mas na realidade a vida de Camões é outra coisa completamente diferente. A imagem que foi criada de Camões era uma imagem toda bonita, um rapaz aprumado que entretanto teve uma vida desgraçada. Teve para perder os Lusíadas, naufragou e andou na guerra de Tânger, a vida daquele homem foi de facto uma vida perfeitamente exaustiva.”

José Aurélio diz não existir no património artístico “qualquer espécie de retrato que nos garanta que Camões era assim ou de qualquer outra maneira.”.

O escultor afirma que o seu retrato de Camões põe em evidência o poeta, pois o que interessa é a sua poesia e não o rosto.

R. Cister, Inês Jácome Marques

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