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CONCURSO DE CONCEÇÃO DO “MOSTEIRO AO CASTELO, ACESSIBILIDADE E NOVA MOBILIDADE”

A cidade de Alcobaça, mais propriamente o centro histórico, tem visto o seu despovoamento aumentar progressivamente. Contudo, o período pós pandemia denunciou um grande crescimento em termos turísticos, facto que veio motivar uma intervenção no meio urbano que responda às respetivas necessidades.

Tida como um grande veículo de regeneração e promoção da cidade, a reabilitação urbana, constitui-se como um dos principais vetores de atuação na estratégia de desenvolvimento do Município, impulsionadora de uma concretização coerente e eficaz.

A estratégia municipal de reabilitação da cidade, pretende tirar partido do potencial económico do património edificado do aglomerado urbano, assente na qualificação do espaço publico, enquanto fator de diferenciação e afirmação territorial, potenciando a construção de um ambiente qualificado, competitivo e sustentável.

Nesse sentido, o concurso público de conceção para elaboração do projeto de requalificação urbana “Do Mosteiro ao Castelo | Acessibilidade e Nova Mobilidade” pretende estabelecer-se como o ponto de partida à promoção da reabilitação urbanística e ambiental do Centro Histórico, melhorando a qualidade de vida urbana e as condições de habitabilidade daquela zona, potenciando uma serie de novos fatores que virão influenciar positivamente a vivencia das populações, bem como dos visitantes.

Este projeto pretende estabelecer-se como impulsionador de um conjunto de ações e de intervenções complementares, conducentes à requalificação urbana do Centro Histórico, visando promover a recuperação do papel simbólico e estruturante do mesmo no contexto do sistema urbano da Cidade.

Com esta intervenção, e a consequente valorização do ambiente urbano, pretende-se melhorar a qualidade de vida e as condições de habitabilidade daquela zona potenciando a melhoria das condições de segurança pública e ainda a atração de nova população.

Pretende-se ainda potenciar o turismo, com a demarcação clara da ligação pedonal do mosteiro ao castelo, eixo primordial da história desta zona, alargando com isso a permanência e desfrute do ambiente urbano da cidade.

Propõe-se a conceção de uma linguagem arquitetónica que interligue os dois monumentos (mosteiro e castelo) acentuando o caráter e identidade urbana, com uma visão contemporânea do local, sem descurar a adequação com a intervenção existente na praça 25 de Abril, criando uma linguagem coerente e de harmonização da cidade enquanto conjunto.

O concurso incide sobre a requalificação das seguintes ruas:

– Rua Frei Fortunato (parte);

– Rua Miguel Bombarda (parte);

– Rua Eng.º Duarte Pacheco;

– Rua D. Maur Cocheril;

– Rua do Castelo;

– Rua Frei Estevão (parte);

– Rua Almirante Cândido dos Reis;

– Avenida Maria Oliveira;

– Rua David da Fonseca(parte);

– Avenida João de Deus;

– Rua 16 de Outubro (apenas substituição de rede de esgotos pluviais e reposição de pavimento existente).

A requalificação consiste nos seguintes objetivos:

– Reperfilamento das ruas compostas por vias pedonais e automóveis, procurando calibrar as vias automóveis de forma a melhorar a sua integração, clarificando e valorizando os espaços pedonais e a sua relação com o edificado;

– Reformulação dos revestimentos de pavimentos, aumentando o conforto pedonal;

– Requalificação da Rua D. Maur Cocheril, como eixo notável de aproximação ao rossio;

– Valorização das estruturas notáveis existentes através dos seus espaços envolventes, otimizando a sua acessibilidade, como é caso concreto da Igreja da Misericórdia e da zona junto ao Castelo;

– Identificação das zonas de alargamento e confluência, dentro da área de intervenção, procurando introduzir características de habitabilidade adequadas à permanência e encontro de pessoas (sombras, equipamento urbano, entre outros);

– Revisão das infraestruturas elétricas, prevendo a sua passagem em vala, valorizando o espaço público e o edificado;

– Reabilitação de redes de drenagem e abastecimento de águas, resolvendo patologias e adequando-as aos novos perfis das vias; e

– No processo de requalificação urbana deverá ser equacionada a necessidade de implementação/atualização e melhoramento das redes que infraestruturam estas áreas.

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