Programação apostada na música contemporânea e em abrir diálogos com outras correntes musicais decorrerá em vários espaços da cidade
O ciclo Cistermúsica Fronteiras volta a dar foco à música erudita contemporânea, abrindo diálogos a outros géneros como o jazz, o folk e o pop. Uma programação em que a música de compositores de várias épocas, como Rameau, Schubert, Debussy e Stravinsky, conversa com a música deste tempo, inclusive, a música minimalista e a tradicional portuguesa.
Este ciclo arrancou no passado domingo com um grande concerto sinfónico pela Orquestra Metropolitana de Lisboa no Cine-Teatro de Alcobaça — João d’Oliva Monteiro (CTA) e decorre até dezembro, com propostas que exploram vários espaços em Alcobaça.
A programação prossegue já no dia 1 de outubro, às 19h00, naquele mesmo espaço, com um concerto de comemoração do Dia Mundial da Música. Esta apresentação, que tem entrada livre, ficará a cargo do Lusitânia Sax Quintet, grupo de música de câmara criado na Escola Superior de Artes Aplicadas (ESART — IPCB), sob a orientação do professor António Carrilho.
Até ao fim do ano há ainda muito mais por onde escolher: a 12 de outubro, às 21h00, no Armazém das Artes, o músico alcobacense Churky sobe ao palco para mostrar o seu novo EP, intitulado A peça que faltava, em formato acústico. A partir desta data, os concertos serão sempre às 18h00 e é também neste local, a 19 de outubro, que o pianista e compositor Carlos Filipe Cruz abordará a música de Coimbra e as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril. Lembrança do que está só — Coimbra e a Liberdade traz-nos obras que vão de Carlos Paredes a José Afonso, num imaginário onde a música tradicional e erudita se fundem.
Um dia depois, a 20 de outubro, vindo de Berlim, o Vision String Quartet aterra no Salão da Biblioteca do Montebelo Mosteiro de Alcobaça Historic Hotel para desafiar expetativas, num concerto que vai Do Clássico ao Pop-Rock. Dividido em dois momentos, poderemos ouvir aí o famoso Quarteto de cordas em Fá Maior, de Maurice Ravel, seguido de uma abordagem pop-rock, com esta formação a interpretar alguns temas do seu mais recente álbum Spectrum.
No dia 26 de outubro, o Sonas Quartet, talentoso grupo de músicos jovens e emergentes da Europa, viaja até ao Celeiro do Mosteiro de Alcobaça para nos presentear com obras de N. Paganini, I. Stravinsky e R. Schumann. A abrir o mês de novembro, no dia 2, voltamos ao CTA para acolher a Banda Sinfónica Portuguesa e uma imperdível Homenagem a George Gershwin, sob a direção musical de José Rafael Pascual Vilaplana e com Raúl da Costa ao piano.
A 24 de novembro, igualmente no Celeiro, chega um concerto de tributo a Ryuichi Sakamoto, um dos mais aclamados compositores internacionais. Além de uma seleção de obras do histórico disco 1996, estas serão acompanhadas por peças de vídeo arte, concebidas para este projeto pelo pianista João Vasco, a quem se juntará Pedro Lopes ao violino e Fernando Costa no violoncelo.
No dia 30 de novembro, será a vez do Museu do Vinho de Alcobaça receber o duo de voz e piano, Rita Maria & Filipe Raposo, que nos trazem The Art of Song vol. 2 — Between Sacred and Profane. Um trabalho que percorre o território da música clássica, do jazz e das canções tradicionais, pedra angular desta criação. Por fim, a 7 de dezembro, a Banda Sinfónica de Alcobaça encerra o Fronteiras no CTA, onde nos tem habituado a concertos temáticos com assistências significativas para interpretar um programa ambicioso, intitulado Olhar o Futuro.
Os bilhetes para os concertos no CTA podem ser adquiridos neste espaço e em www.bol.pt, enquanto que para os restantes espetáculos poderão ser adquiridos na Academia de Música de Alcobaça e em Blueticket.pt.
O Cistermúsica Fronteiras é organizado pela ABA — Banda de Alcobaça, Associação de Artes, com Apoio: República Portuguesa — Cultura / Direção-Geral das Artes, em parceria estratégica do Município de Alcobaça e com a parceria institucional da Direção-Geral do Património Cultural/Mosteiro de Alcobaça.