A direção da Associação de Produtores de Maçã de Alcobaça alertou para o aumento exponencial dos custos de produção – custos esses que ainda podem vir a subir mais, comprometendo a próxima campanha e colocando em risco o futuro de muitos produtores.
Jorge Soares, refere que, nos últimos seis meses, a eletricidade, as embalagens e o gasóleo foram tiveram “subidas assustadoras”, que abalam o rendimento das produções – “a eletricidade aumentou mais de 300% em algumas situações”, “alguns adubos quase que duplicaram” e “o cartão e o plástico aumentaram cerca de 50%”.
Segundo o mesmo, para que se ajustassem os preços do produto aos custos de produção, muitas pessoas ficariam mesmo sem condições para comprar maçãs.
Contudo, tem havido um esforço por parte dos produtores de Alcobaça para não aumentarem os preços e que tem levado a campanha até ao fim sem o fazer – continuando “a vender a maçã ao mesmo preço”.
O processo produtivo da próxima campanha já começou em outubro do ano passado e os preços de produção estão a ser “completamente anormais”.
O responsável assume que a sua única esperança é que a situação seja temporária e “que dentro de meses, volte à normalidade”.
A situação para os produtores de Maçã de Alcobaça e de Pera Rocha do Oeste estão insustentáveis e, se os preços não baixarem, há muitos produtores que têm o futuro em risco.
R. Cister, Adriana Zeferino
