O Comando Territorial de Leiria, através do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) do Destacamento Territorial de Caldas da Rainha, ontem, dia 11 de junho, deteve três homens e duas mulheres, com idades compreendidas entre os 25 e os 33 anos, pela prática de crimes de furto em cemitérios, interior de veículos e residências, nos concelhos de Alenquer e Torres Vedras.
No âmbito de uma investigação, que durou cerca de dois meses, relacionada com um fenómeno criminal que alcançou mais de uma centena de furtos no interior de cemitérios, interior de veículos e residências em Leiria, Lisboa, Coimbra, Santarém, Évora e Setúbal, os militares da Guarda realizaram diligências policiais que culminaram com o cumprimento de cinco mandados de detenção e de 23 mandados de busca, quatro domiciliárias e 19 não domiciliárias em veículos, terrenos, armazéns e empresas operadoras de gestão de resíduos, nos concelhos de Alenquer, Almeirim, Figueira da Foz, Loures, Rio Maior, Santarém, e Torres Vedras.
Destas ações resultou a apreensão do seguinte material, provenientes de furtos em cemitérios, veículos e residências, nomeadamente:
- Quatro veículos;
- 495 euros em numerário;
- 738 quilos de metais não preciosos, já processados para venda, provenientes de furtos em cemitério;
- 24 estatuetas;
- Uma minimoto;
- Duas televisões;
- Um monitor curvo;
- Uma equipamento eletrónico de jogos;
- Uma máquina fotográfica;
- Um relógio;
- Diversa documentação e faturação, relativa a venda de metais preciosos e não preciosos;
- Diversas ferramentas de apoio ao processamento e furto;
- Diversas bases em pedra mármore e granito (provenientes de desmantelamento de estatuetas religiosas de cemitério).
Na sequencia da ação foram ainda constituídos arguidos quatro pessoas, com idades compreendidas entre os 20 e os 64 anos, alguns com antecedentes criminais por crimes de igual natureza, e uma empresa, por auxílio à prática dos crimes perpetrados e por recetação.
Os detidos, com antecedentes pela prática do mesmo tipo de ilícitos criminais, serão presentes a primeiro interrogatório judicial no Tribunal Judicial de Leiria, para aplicação das medidas de coação.
Os objetos recuperados após serem reconhecidos serão devolvidos aos legítimos proprietários.
A operação contou com o reforço dos militares do Comando Territorial de Leiria e de Lisboa, e com o Ministério Público e a Polícia de Segurança Pública.