Uma sala multideficiência.
É um projeto pioneiro no país, e começou na Escola D. Pedro I (em Alcobaça).
Nasceu através da vontade e união de um grupo de pais, cujos filhos são portadores de deficiência, após se depararem com o facto de não terem onde os deixar em período não letivo.
Mãos à obra, formalizaram uma associação, a Associação Solidariedade Sublime, e apresentaram o projeto ao Agrupamento de Escolas de Cister – que apoiou a ideia e se prontificou, desde logo, a ajudar, cedendo o espaço.
Na sexta-feira passada, ao final da tarde, houve um convívio nas instalações da sala, já a funcionar desde julho do ano passado e inaugurada no Dia Municipal da Educação deste ano. Em entrevista à CFM, a presidente da associação, Helena Freitas, garantiu que “o objetivo será, sempre, o de assegurar os cuidados destes jovens em período não letivo”.
“Não só ter alguém que fique com eles, mas sempre com foco na sua evolução pessoal”, com a prática de inúmeras atividades adaptadas às suas necessidades.
A associação tem tido bastantes pedidos, de pais que pretendem ter esta ajuda, até de fora do concelho, mas, neste momento, a capacidade é para dez crianças, número esse que já está preenchido. Isto porque, “os recursos para tomar conta de uma criança portadora de uma deficiência, são, obviamente, mais exigentes”.
Outro dos objetivos da Associação Solidariedade Sublime é o de aproximar os restantes alunos da comunidade escolar, a estes com necessidades especiais. Mas como? Através de parcerias com outras instituições, nomeadamente, o Instituto Politécnico de Leiria. Para já, esta colaboração vai permitir que os alunos desenvolvam brinquedos e livros adaptados para os jovens da sala multideficiência, já que essa oferta no mercado, é escassa, para não dizer nula.
R. Cister, Adriana Zeferino
