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30.ª edição do Cistermúsica abriu em grande para mais de um mês de intensa celebração artística

No primeiro fim de semana o Festival de Música de Alcobaça viajou entre a dança e o jazz com passagem obrigatória pelo mundo da ópera


A Gala de Abertura do Cistermúsica — Festival de Música de Alcobaça que decorreu na noite de sábado passado na Cerca do Mosteiro de Alcobaça foi o reflexo cristalino do tema deste ano, “Amores Proibidos”, e da vitalidade de um Festival que entrou na sua 30.ª edição. Um espetáculo que viu na ovação final do vasto público presente ao programa interpretado pela Orquestra de Câmara Portuguesa, com direção de Pedro Carneiro, e as vozes de Carla Caramujo (soprano) e Cátia Moreso (mezzo-soprano), o melhor auspício para mais de um mês de intensa celebração que dura até 6 de agosto e nos oferece espetáculos de diferentes linguagens musicais e artísticas.

Próximos espetáculos revelam diversidade do Festival com várias propostas dentro e fora do concelho
Para os próximos dias, há inúmeras propostas, a começar no dia 7 de julho, com “Memorial do Convento”, um bailado em III atos posto em cena pela companhia Dança em Diálogos, que decorre no Cine-Teatro de Alcobaça – João d’Oliva Monteiro, às 21h30, baseado no romance homónimo de José Saramago e nas várias desventuras das personagens desta inesquecível obra literária.

Um dia depois, a 8 de julho, às 21h30, a Nave Central do Mosteiro de Alcobaça acolhe mais um grandioso concerto com coro e orquestra pelo Voces Cælestes e Real Câmara, que promete ser um dos momentos inesquecíveis desta edição do Cistermúsica. A direção estará a cargo de Sérgio Fontão e como solistas teremos Inês Tavares Lopes (soprano), Rita Morão Tavares (alto), Rodrigo Carreto (tenor) e Carlos Pedro Santos (baixo). Este concerto passará, no dia anterior, às 21h30, pela Igreja de São João de Brito em Lisboa, numa parceria com a Junta de Freguesia de Alvalade e inaugurando a programação Redes — ambas as datas têm entrada livre.

Dia 9 de julho, às 22h00, a Cerca do Mosteiro de Alcobaça recebe em palco a consagrada fadista Cristina Branco a convite da Cister Meta Orchestra, um projeto formado por alguns dos mais conceituados músicos alcobacenses. Aqui ouviremos o produto final de um desafio lançado a quatro compositores, Carlos Brito Dias, Daniel Schvetz, Anne Victorino d’Almeida e Daniel Bernardes, para musicar diversos temas de artistas como Amália Rodrigues, Chico Buarque, Alain Oulman, Vitorino, entre outros — a entrada é livre mediante levantamento de bilhete na AMA (limitado a 2 bilhetes por pessoa e à lotação da sala).

De volta ao Mosteiro de Cós, a 10 de julho, domingo, às 18h00, há mais um concerto de entrada livre pelo ensemble vocal Cupertinos que aborda a influência da música franco-flamenga no ambiente musical português das centúrias de 1500 e 1600 com obras de Jean Mouton, Damião de Góis, Jacques Arcadelt, Pierre de Manchicourt, Pedro de Cristo, Philippe Rogier, Duarte Lobo e Filipe de Magalhães. Esta tradicional apresentação naquele monumento único surge com o apoio da Paróquia de Cós e da União das Freguesias de Cós, Alpedriz e Montes, em parceria com o Festival Internacional de Polifonia Portuguesa, dinamizado pela Fundação Cupertino de Miranda.

Pouco depois, no mesmo dia, às 21h30, o quarteto de cordas sul-coreano Esmé subirá ao palco do Celeiro do Mosteiro de Alcobaça para desempenhar peças de Pyotr I. Tchaikovsky e Franz Schubert. Esta formação atuará ainda no dia anterior, às 17h00, no Mosteiro de São Bento de Castris em Évora, no contexto da Rota de Cister e em parceria com a Câmara Municipal de Évora, a Direção Regional de Cultura do Alentejo e o programa Sphera Castris.

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